Brian Miller: Dois Enigmas para Visões Estritamente Materialistas da Biologia

Do ponto de vista do design, a vida é um problema de engenharia.

Por David Klinghoffer (adaptado)

A evolução darwiniana tem como premissa o mecanismo de mutações aleatórias peneiradas, sem propósito ou design, pela seleção natural. Isso é considerado, juntamente com um punhado de “complementos”, também conhecidos como “helicópteros de resgate”, como uma explicação suficiente para a geração de todas as maravilhas da vida. Sobre esses complementos:

A evolução darwiniana é uma teoria científica do século XIX das origens biológicas, antes da genética, antes da microscopia avançada, uma época em que a compreensão científica da base da vida era nebulosa, na melhor das hipóteses. Parece improvável que tal teoria sobreviva sem alterações até o século XXI. De fato, alguns darwinistas insistem que o darwinismo foi substituído, e até eliminado, por alternativas – apenas nada sugestivo de design inteligente. Mais sensatamente, esses “complementos” são entendidos como esforços para resgatar a teoria original.

Quem está resgatando quem?

Alguns socorristas favoritos incluem, talvez mais proeminentemente, a teoria neutra, juntamente com a biologia evolutiva do desenvolvimento, a engenharia genética natural, a teoria dos jogos e o multiverso.

Todas esses complementos de resgate tentam vencer dois problemas graves: a improbabilidade da contingência gerar design em contraste ao abundante design biológico na natureza e as tendências naturais desfavoráveis ao surgimento dos sistemas biológicos.

Um problema tem a ver com mutações em pequena e grande escala. As primeiras são uma fonte apenas de mudanças triviais; as outras são “assassinas”:

Todas as mutações observadas que não são prejudiciais apenas permitem mudanças em pequena escala, enquanto todas as mutações que podem potencialmente mudar a arquitetura [de um organismo] têm se mostrado prejudiciais.

E as mudanças triviais não resultam em novidades maravilhosas em larga escala. Mas, para que a vida chegue a um lugar onde as mutações são possíveis – em que há algo para se transformar -, ela precisa superar outro dilema impossível, logo no início, quando a vida está “esperando” para se auto-criar. O segundo problema:

Nada na natureza jamais passará simultaneamente para baixa entropia e alta energia ao mesmo tempo. É uma impossibilidade física. No entanto, a vida tinha que fazer isso. A vida tinha que tomar produtos químicos simples e chegar a um estado de alta energia e baixa entropia. Isso é uma impossibilidade física.

Como podemos ver, Dr. Miller tem um dom para encapsular idéias científicas de maneira organizada. Saiba mais em:


Original: David Klinghoffer. Physicist Brian Miller: Two Conundrums for Strictly Materialist Views of Biology. January 13, 2020.

Complementar: David Klinghoffer. Behe on Darwinism’s Rescue Helicopters. March 27, 2019.


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