O Status da TDI no Brasil

Acer palmatum.

O status da TDI no Brasil, após quase 20 anos de história[1], não é tão expressivo quanto o ativismo contrário tenta fazer parecer. A ideia de design na natureza é mais intuitiva nas pessoas do que por conhecerem a proposta da TDI. Na verdade, em muitos casos, uma exposição difamatória da TDI é utilizada para se causar rejeição desta ideia nas pessoas que até então sustentavam essa intuição. Porque ocorre uma indução que tal ideia seja ignorância, algo reprovável.

Uma pesquisa foi realizada sobre a percepção do Design Inteligente no Brasil , e ela argumenta que a TDI teve notável penetração no país:

O recorte apresenta e analisa os resultados referentes ao tema do design inteligente. Em ambos os países a maioria dos entrevistados acredita nessa hipótese, com notável penetração no Brasil. A hipótese tem ampla aceitação nos dois gêneros, com leve superioridade no sexo feminino. Entre as principais religiões brasileiras houve grande aceitação entre os evangélicos, seguidos dos católicos e também os espíritas. Analisou-se também a influência do nível de escolaridade. Não há mudança significativa quando se aumenta o grau de escolaridade, sendo que em todos a aceitação da hipótese do design inteligente é alta.

- Sobre a penetração do "Design Inteligente" no Brasil[2]

A verdade é que o artigo, tendencioso em várias partes, tenta relacionar o movimento científico do Design Inteligente com a intuição ou crença da maioria da população brasileira, o que não é verdade. Essa ideia realmente se encaixa como um design inteligente, mas de senso comum. O mesmo ocorre com muita gente que acredita em evolução como ortogênese (progressão) ou por uso e desuso (lamarckismo). Nada disso recebe ou tem influência de teóricos de quaisquer teorias.

O certo é dizer que a maioria das pessoas não conhece e nunca sequer ouviu nada a respeito da TDI. As que conhecem, de forma dominante, receberam uma imagem negativa e até nociva pois conheceram através do ativismo contrário. Os conteúdos contra o Design Inteligente são numerosos em proporção e buscam persuadir e influenciar os que procuram sobre o tema. Todo um trabalho de “desconstrução” é feito continuamente através de militância incessante e pressão sobre entidades científicas, principalmente para se manifestarem contra a TDI.

A força do Design Inteligente está longe da aceitação popular ou de possuir de alguns ilustres cientistas. O cerne da teoria é válido, oferece a melhor descrição dos padrões de design e a melhor inferência. O Design Inteligente, chamado pela crítica de pseudociência, tem um sucesso esmagador quando considerado nesta categoria: nenhuma pseudociência encontra tanta resistência, ativismo contrário ou recebe tantas publicações com pretensas refutações aos seus argumentos, isso somado a discordância entre os filósofos da ciência (que são os que realmente arbitram o que é ciência ou não).

Tal como é na sociedade brasileira, a TDI também não é tão conhecida na comunidade científica nacional e a maioria dos que a conhecem receberam a versão da teoria a partir dos críticos. É possível saber facilmente se existe uma real noção da teoria com algumas perguntas simples, a maioria das pessoas é incapaz de responder. Sabemos assim que a rejeição é ideológica e não científica.

O movimento do Design Inteligente vem crescendo, além de vários colaboradores independentes há desde 2014 a Sociedade Brasileira do Design Inteligente (SBDI), que procura divulgar a TDI no Brasil. Para o futuro próximo existe um projeto de expansão através do Discovery Institute Brazil a ser inaugurado em Maio de 2017. Nos últimos 3 anos a TDI teve seu maior crescimento e muito mais é esperado para os próximos anos.

Enfim, o movimento é ainda tímido no Brasil e a sua maior propagação vem do ativismo contrário que possui muito mais poder de difusão. É possível se juntar ao movimento TDI Brasil no site da Sociedade Brasileira do Design Inteligente (SBDI).


[1] O Movimento do Design Inteligente no Brasil.

[2] Silva, Heslley Machado, et al. “A percepção sobre a hipótese do Design Inteligente no Brasil (Minas Gerais).” Conexão Ciência (Online) 11.1 (2016): 61-71.


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