Por Guillermo Gonzalez
O dia 17 de Janeiro de 2019 marcou o aniversário de 90 anos da publicação do artigo de Edwin Hubble intitulado “Uma relação entre a distância e a velocidade radial entre nebulosas extragalácticas” (A relation between distance and radial velocity among extra-galactic nebulae), na revista Proceedings of the National Academy of Science. Este pequeno artigo contém uma tabela, uma figura e a citação de quatro referências. Ainda, para seu tamanho modesto, este teve um enorme impacto.
Existiu um Começo
Neste artigo o astrônomo americano apresentou uma evidencia observacional para a correlação entre velocidades radiais e distâncias de nebulosas espirais (nominadas nebulosas extragalácticas por Hubble e atualmente chamadas de galáxias). As velocidades radiais foram mensuradas a partir das mudanças no espectro de Doppler (realizada muitos anos antes por Vesto Slipher). Hubble determinou suas distâncias a partir de suas medidas das estrelas variáveis Cefeidas identificadas em fotografias tiradas com o telescópio Hooker de 100 polegadas no Observatório do Monte Wilson. Cefeidas são um tipo de “luz padrão” astronômica. Se você pode medir o período e a média aparente do brilho a partir de suas variações regulares de luz, então você pode calcular a sua distância.
A figura incluída no artigo mostra uma simples, se não fosse cheia de ruídos, correlação entre a velocidade de recessão de uma galáxia e sua distância. Albert Einstein logo após admitiu que a descoberta de Hubble mostrou que o universo não e eternamente estático como ele assumia, mas ao invés disso estava em expansão. Muitos dos principais cientistas daquele tempo perceberam a implicação de uma expansão cósmica – existiu um começo!
A Filosofia da Época
Einstein, como outros acadêmicos da época, simplesmente assumiam a filosofia prevalente da época, que não houve um começo e que questionar sobre um início para o universo não era nem considerado científico (neste link um debate com Nernst). Agora, os principais cosmologistas (notadamente, Alan Guth e Alexander Vilenkin) admitem que considerações teóricas combinadas com observações são melhor explicadas por um universo que tenha início.
A Live Science legitimamente toma nota deste aniversário. O artigo online é um bom resumo sobre o assunto, mas deixa um detalhe que me leva a responder à pergunta que coloquei no título acima. Muito bem, foi mesmo Hubble quem descobriu a “lei de Hubble”?
Não. Um padre e cosmologista belga chamado Georges Lamaître descobriu dois anos antes de Hubble. Infelizmente, seu artigo original foi publicado em francês em uma revista cientifica obscura. Ele finalmente está recebendo o reconhecimento que merece. Existe um movimento entre cientistas para renomear a Lei de Hubble para incluir o nome de Lamaître (veja aqui, aqui e aqui).
As Realizações de Lamaître
Em 1927, Lamaître foi provavelmente a única pessoa que compreendeu completamente a cosmologia em ambas as perspectivas: teórica e empírica. Ele entendeu a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, a aplicou ao cosmo, e previu a relação velocidade-distância, que ele então confirmou com os dados astronômicos disponíveis. Ele até mesmo calculou o valor da constante de proporcionalidade, agora chamada de constante de Hubble. Hubble não somente estava atrasado em dois anos, como também não entendeu as implicações da lei que leva seu nome.
Em 1931, Lamaître publicou um artigo na Nature no qual ele apresentou sua teoria para um universo jovem, chamada o “Átomo Primitivo”. Esta formou a base para a teoria do Big Bang, um termo cunhado por Fred Hoyle em 1949. Enquanto pretendia ser pejorativo, o rótulo de Hoyle, de certo modo, foi um reconhecimento tácito por um ateu declarado das implicações, claramente favoráveis ao teísmo, da teoria de Lamaître.
Original: Guillermo Gonzalez. Proper Credit — Who Discovered Hubble’s Law? January 17, 2019.
Há controvérsia. A luz não se move a 300 000 Km/Seg. A luz, em verdade, é proporcional ao espaço a ser percorrido, ela vai percorrer todo e qualquer espaço ao mesmo tempo,seja de qual dimensão for.E o tempo, não é o tempo das trajetórias. O tempo em verdade é a matéria.” A matéria é a expressão visível do tempo”.Essa é a verdade incontestável. Só que o homem atrelou o tempo às 24 horas do relógio e ao giro da Terra em torno do sol. Subtraia-se a matéria do universo e o tempo desaparece junto com ela, não por perda de referências métricas, mas, por correlação entre energia e materia. T=E/M, essa é a equação do tempo literal.
Ao homem, não cabe, olhar para um corpo distante no universo, e dizer se é passado ou futuro. Esses termos, para a grandiosidade do universo, são meras falácias. No universo conforme tu vês, também és visto, é o princípio da reciprocidade visual. -Se disseres:aquele astro é o passado do” Big bang”, isso te colocará como observador na mesma condição do observado. “Princípio da reciprocidade universal.” Tentando simplificar: a imagem que chega a ti, chega a ti na tua retina , trazida pela luz ou é ao meio do caminho que se dá a transferência de dados?As galáxias não se estão afastando umas das outras, estão apenas percorrendo suas órbitas. O mesmo que sobe é o mesmo que desce. Depende do ponto de observação.As galáxias têm órbitas individuais e ao mesmo tempo órbitas de aglomerados. E também não está em expansão, isso o destruiria. Ele é uma máquina muito bem ajustada um todo estático com sua atividade intrínseca. É isso que ele é.