Uma revisão crítica do Darwin Devolves, novo livro de Behe, foi publicada na Science. Isso duas semanas antes do lançamento oficial. Interessante que não foi escrita por um, mas três críticos. O primeiro nome que aparece é Nathan H. Lents, autor do “Human Errors: A Panorama of Our Glitches, From Pointless Bones to Broken Genes” (2017), em uma tradução livre “Erros humanos: um panorama de nossas falhas, de ossos sem sentido a genes quebrados”. Este livro possui argumentos como “Por que a grande maioria do nosso código genético é inútil?” e coisas infantis do tipo “nós realmente devemos engolir e respirar pelo mesmo tubo estreito?”.
O segundo nome é muito interessante: S. Joshua Swamidass, que colabora com a BioLogos, uma comunidade de evolucionistas teístas desprezada no mainstream (mas útil como bucha de canhão). E contra o Design Inteligente não se pode vacilar, todas as forças devem ser reunidas.
E por último, o mais notável entre eles: Richard E. Lenski, que começou um experimento de longa duração em 1988 muito usado por Behe para explicar suas hipóteses. Behe responde eles com uma breve nota:
A Science acaba de publicar uma resenha de Darwin Devolves, mais de duas semanas antes da data oficial de lançamento do livro. (Eu suponho que eles queriam ser os primeiros a fazer isso.) Deixe-me primeiro dizer isso – Woo-hoo!! Eu estou simplesmente em êxtase sobre a revisão. Não porque é favorável – certamente não é. Mas porque é tão embaraçosa, indecentemente fraca. É o equivalente a um revisor que fica sem palavras, mas que está seguindo em frente porque ele foi encarregado de escrever 700 palavras – tem que dizer alguma coisa. E tem co-autoria de nada menos que Richard Lenski, membro da Academia Nacional de Ciências e investigador de renome mundial por trás do experimento de evolução de longo duração de 60.000 gerações de bactérias, ao qual dediquei a maior parte do Capítulo 7!
Behe afirma na nota que o ponto mais “esmagadoramente importante” não foi sequer mencionado:
Em poucos dias, vou oferecer uma refutação detalhada. Mas o ponto mais importante de se notar logo de cara é que os revisores (Lenski e Josh Swamidass, da Peaceful Science, e o biólogo Nathan Lents, da John Jay College) não têm absolutamente nenhuma resposta ao argumento central do livro. O argumento que resumi como uma epígrafe na primeira página do livro, para que ninguém pudesse sentir falta dele. O que eu incluí no título de um artigo no Quarterly Review of Biology de 2010 sobre o qual o livro é baseado. Aquele para o qual eu escolhi o nome mais direto que eu pude pensar (consistente com a literatura profissional) para incitar uma resposta: A primeira regra da evolução adaptativa: Quebre ou neutralize qualquer gene cuja perda aumentaria o número de descendentes. A regra resume o fato de que a tendência esmagadora da mutação aleatória é degradar os genes, e isso muitas vezes é útil. Assim, a seleção natural em si funciona como uma poderosa de força “desevolutiva”, aumentando genes quebrados e degradados na população.
E eles não tiveram resposta! Isso porque, na verdade, não há nada que possa aliviar essa falha fatal no darwinismo. Muito mais vem em breve.
Bom, é isso.
Nathan H. Lents, S. Joshua Swamidass, Richard E. Lenski. A biochemist’s crusade to overturn evolution misrepresents theory and ignores evidence. 07 de Fevereiro de 2019.
Michael Behe. Woo-hoo! In Science Review of Darwin Devolves, Lenski Has No Response to My Main Argument. February 7, 2019.
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