O nosso caro Maurício Tuffani em 2010 na publicação “O Design Inteligente e a volta à causa final” critica a possibilidade da causa final na ciência. Ele afirma que uma das características principais “… da passagem do saber teológico medieval para a ciência moderna foi justamente a eliminação da causa final …” [1]
É claro que a descrição de cada objeto ou processo tem seus critérios, no caso do Design as características fizeram especialmente a biologia uma “terra sem leis”. Não porque a vida violasse qualquer lei natural, longe disso, mas porque em todas as análises o que a determinava o que chamam “sucesso” eram aspectos formais (até evidência contrária, produtos de inteligência).
Massimo Pigliucci, 2001, em uma publicação com uma assertiva metafísica sobre a realidade no próprio título “Design Yes, Intelligent No”, propõe exatamente o contrário. Seu texto foi reproduzido, traduzido e aclamado pela plateia onde podemos encontrar o seguinte:
“Darwin tornou possível colocar todas as quatro causas aristotélicas novamente na ciência.” [2]
E tem mais, ele acrescenta que o design, objeto de estudo da TDI, passa a existir na realidade:
” … Por isso o design é uma parte muito importante da ciência moderna, pelo menos, sempre que há uma necessidade de explicar uma estrutura aparentemente projetado (como um organismo vivo). Todas as quatro causas aristotélicas são totalmente restabelecidas dentro do reino da investigação científica, e a ciência não está mutilada por desprezar algumas das causas que agem no mundo. ” [2]
Normalmente isso é negado como uma ilusão, que não existe diferença substancial dos padrões de design para os padrões frutos de processos estocásticos. Seria uma espécie de argumentação Humiana de impossibilidade de conhecimento (um apelo à ignorância).
Ao invés de negar o plano é sequestrar a teleologia para os processos irracionais. Afirmar que “o Design Inteligente e a seleção natural produzem resultados similares”. [3]
Referências
[1] O Design Inteligente e a volta à causa final. M. Tuffani. 2010.http://www2.unesp.br/revista/?p=893 [2] Design Yes, Intelligent No! M.Pigliucci. 2001.
http://www.csicop.org/si/show/design_yes_intelligent_no_a_critique_of_intelligent_design_theory_and_neocr/ [3] Sobre a Teleologia de Smith, John Maynard. Eskelsen. 2015.
” Intelligent design and natural selection produce similar results.”
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Sem dúvida é uma estratégia sorrateira esta de igualar os resultados, para que os meios sejam irrelevantes, e depois, com a noção estabelecida de que, tanto faz se os processos estocásticos ou outros produzem design na natureza, contanto, que não sejam inteligentes.
Isto, que os que tentam refutar o Design[er] Inteligente, estão fazendo é uma “desonestidade intelectual”.