Derrubando o Naturalismo Metodológico

Superfície de Marte / ©

O naturalismo metodológico decorre do naturalismo filosófico, que é uma doutrina filosófica segundo a qual todas as “explicações” científicas devem se referir, de forma exclusiva, a causas naturais.


O Naturalismo Metodológico (NM) tem sido invocado para deixar o Design Inteligente (DI) fora da Ciência, mas a Ciência pressupõe o NM? E caso fosse realmente pressuposto, eliminaria o Design Inteligente?

Ora, se o NM fosse pressuposto não teríamos o SETI, a arqueologia e outras áreas de investigação; teríamos a ontologia problemática como na Teoria da Emergência e freios absurdos na epistemologia como demonstra Paul Nelson:

Epistemologia – como sabemos – e ontologia – o que existe – são ambos afetados pelo naturalismo metodológico. Se dissermos: “Não podemos saber que uma mente causou x“, estabelecemos um limite epistemológico definido pelo Naturalismo Metodológico, então a nossa ontologia compreendendo causas reais de x não incluirá mentes.

Como diz Paul Nelson, qualquer conhecimento se tornaria impossível:

Você é certamente uma causa inteligente, porém, a sua inteligência não recai na física. (…) Para explicar os efeitos que provocam no mundo – tais como seu e-mail, um padrão real – nós devemos nos referir a você como um agente único.

Paul Nelson

E esses são reais pressupostos da Ciência. Na verdade o mais interessante disso tudo é o tentar separar o homem da natureza, como se fossemos um caso especial e, ao mesmo tempo, negar isso. Mas não é preciso ir tão longe, a inteligência em agentes existe em diversos níveis na natureza

Basta imaginar uma sonda encontrando algo como isso na superfície de Marte:

Ninho de Furnarius rufus, o joão-de-barro / ©

Isso seria motivo pra comunidade científica correr inferindo possibilidade de vida, não? Uma formação não trivial em pleno planeta vermelho? Isso é algo que se encaixa no filtro explanatório de Dembski, por sinal, e nas investigações de Abel, positivo pra inteligência porque a vida e seus produtos são design inteligente.

Removendo uma amostra é possível perceber que a configuração não trivial é composta de porções dispostas em camadas, logo, é resultado de acúmulo lento e gradual, mas não é trivial e nem se enquadra em causas naturais sem incluir agência, violaria o NM e então, estaria fora da Ciência.

Devemos rejeitar as inferências fundamentais da ciência para sustentar o Naturalismo Metodológico?

A resposta é óbvia: não.


Baseado em texto de Paul Nelson: Do You Like SETI? Fine, Then Let’s Dump Methodological Naturalism


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