Evolução vs Design como Teoria da Informação

Natureza exclusivamente como fonte de ruído.

Os proponentes do Design Inteligente dizem que sua teoria é uma teoria da informação. Não uma teoria específica, mas uma teoria abrangente, que se entrelaça com todas as outras teorias informacionais. Isso ocorre por causa da unidade da natureza informacional, das características comuns entre as teorias.

A Teoria Matemática da Informação, por exemplo, não faz qualquer referência ao design ou a uma evolução fisicodinâmica, mas podemos claramente distingui-los nos elementos exemplificados no modelo.

O emissor é um agente, assim como o receptor; a mensagem (cujo conteúdo é informação) é design tal como o codificador, o decodificador, o protocolo comum e, muitas vezes, o próprio canal de comunicação. A natureza, quando se manifesta no sistema, aparece exclusivamente como ruído. Essa suscetibilidade do design é uma característica intrínseca (não há design que não seja vulnerável).

O protocolo comum é um conjunto de predefinições que deve existir simultaneamente tanto na fonte quanto na destinação possuindo uma codificação que suporta a linguagem e deve ser estabelecido antes mesmo do sistema ser instanciado, por isso alguns chamam essa característica de antevidência. Isso gera uma dependência interna (entre os componentes do sistema) e uma independência externa (leis naturais). Lembra do padrão independente de Dembski? Então, essa complexidade especificada é independente de leis naturais, mas também não é aleatória, apresenta uma regularidade própria que encerra o sistema em seu próprio conjunto de regras e complementaridades.

O comportamento dos sistemas naturais é distinto do comportamento dos sistemas instanciados (design) de forma que quando a natureza assume o “protagonismo” aparece normalmente, de alguma forma, perturbando o sistema.

Chuvisco de canais televisivos: a natureza expressando uma de suas formas, a estocástica.

A carência de leis ou mecanismos que produzam padrões de design é respondida com a asserção de que, ao menos, nada impediria. Isso deixa explícito muito mais um desejo do que uma descrição da natureza. Não há qualquer razão em ter pressa para se eliminar qualquer possibilidade, o importante é que prevaleça a precisa descrição dos sistemas.

“O confronto de ideias é a saúde da Ciência.”


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