Uma Ilustração Maravilhosa da Lógica Darwiniana


Por David Klinghoffer

Esse assunto sobre o cromossomo 2 humano como evidência da ancestralidade comum com macacos oferece uma ilustração maravilhosa da lógica darwiniana. Cornelius Hunter publicou uma excelente explicação do que acontece com as evidências do darwinismo quando você recua e adota uma postura “neutra” em relação a teoria, que não pressupõe a evolução darwiniana ou o design inteligente.

E é isso que pessoas como Carl Zimmer não podem fazer. Eles são cegos para seus próprios pressupostos e pré-compromissos metafísicos.

Se você acredita que a evolução é verdadeira, você concluiria que o cromossomo humano número dois é o resultado de uma fusão de dois cromossomos ancestrais. Não haveria dúvida sobre isso por vários motivos. Reconciliaria as diferentes contagens de cromossomos em humanos e chimpanzés. E há muitas semelhanças entre o cromossomo humano número dois e os dois correspondentes cromossomos do chimpanzé.

Mas se a evolução não é tomada a priori, essas evidências são muito menos convincentes. Sob essa perspectiva neutra em relação a teoria, o importante é não conciliar a contagem de cromossomos ou as semelhanças entre os chimpanzés e os humanos (afinal, eles são encontrados nos respectivos genomas). O importante é a evidência mais direta de um evento de fusão, como na região onde os dois cromossomos se fundiriam e outros sinais indicadores no cromossomo dois.

Aqui a evidência é mista. Certamente, é muito menos convincente do que os evolucionistas dizem às suas audiências. Isso não precisa ser controverso. Mas é.

Por quê? Porque os evolucionistas são essencialmente incapazes de uma análise tão desapaixonada onde pressupostos e evidências são claramente apresentados. Sua análise é profundamente influenciada por sua afirmação dogmática de que a evolução é um fato. Para os evolucionistas, é uma certeza metafísica e eles simplesmente são incapazes de avaliar as evidências de uma perspectiva neutra em relação a teoria.

Tudo isso resulta em um tipo teimoso de raciocínio circular, em que a evolução é pressuposta, as evidências são interpretadas de acordo e os resultados servem à apologética evolucionária como se tivessem sido obtidos da ciência objetiva.

Nesse caso, da perspectiva evolutiva, o evento de fusão cromossômica está além de qualquer dúvida razoável. E esse evento é então usado como uma poderosa evidência para a evolução. É tudo circular.

Esse é um motivo sutil, porém influente, do pensamento evolutivo que muitas vezes é subjacente às discussões e debates, enquanto escapa à detecção.

O cromossomo humano número dois é uma ilustração concisa do pensamento evolutivo. É claro que há muito mais no pensamento evolucionário do que pode ser incluído nessa apertada vinheta, mas captura as sutilezas e os meandros que inevitavelmente tecem seu caminho através de qualquer defesa da evolução.

O post de Hunter mostra as “falácias e hipocrisias típicas [que são inseparáveis da apologética evolucionária], incluindo a transferência do ônus da prova, o falsificacionismo ingênuo, afirmando o consequente naturalismo teológico, abuso da ciência e raciocínio circular”. Vale a pena ler na íntegra.


Original: David Klinghoffer. A Wonderful Illustration of Darwinian Logic. Julho 23, 2012.


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