As Hipóteses de Design Se Comportam como Hipóteses Céticas

Pirro de Élis, primeiro filósofo cético e fundador do pirronismo / ©

Afirma-se frequentemente que, como resultado do progresso científico, sabemos agora que o mundo natural não apresenta um design. Embora não tenhamos interesse em defender hipóteses de design, argumentaremos que sustentar que “conhecemos as refutações às hipóteses de design” é mais difícil do que parece. Fazemos isso emitindo dois desafios céticos para os que negam o design.

I) O primeiro desafio inspira-se no ceticismo radical e mostra como as reivindicações de design são pelo menos tão convincentes quanto as perspectivas céticas radicais para rejeitar a possibilidade de conhecimento e, na verdade, provavelmente são mais convincentes.

II) O segundo desafio leva a sugestão do teísmo cético e mostra como normalmente não estamos em uma posição epistêmica para descartar o design”. (Adaptado)

Essas palavras aparecem no “International Journal for the Study of Skepticism”.

Os céticos são conhecidos de longa data da filosofia e as correntes mais radicais rejeitam a justificação de conhecimento e, assim, a possibilidade de ciência. Isso pode parecer loucura para os mais ingênuos em epistemologia, mas a rejeição da possibilidade de conhecimento mencionada é uma questão espinhosa na história da filosofia. A ideia dos autores é justamente lembrar que a questão do design igualmente não é simples.

Mas por que o rótulo “cético”, tão reivindicado pelos negadores do design, aparece em uma publicação que pode ser considerada favorável ao design? Porque o ceticismo original é justamente uma suspensão de juízo. E essa negação sistemática na Academia contra os argumentos de design por indivíduos que tentam se rotular como “céticos” e “científicos” acaba por se configurar como um “pseudoceticismo”.

Como temos visto, os argumentos contra a inferência ao design são fracos ou sem sentido:



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