A Regulação do RNA Mensageiro É Controlada por Uma Via Complexamente Irredutível?

Esquema de exportação de mRNA e destinos alternativos no citoplasma / ©

Por Jonathan M. (adaptação)

O que sabemos sobre a complexidade dos mecanismos de armazenamento, processamento e recuperação de informações celulares continua a aumentar exponencialmente e a uma taxa sem precedentes. Quase diariamente, novos artigos são publicados revelando a engenhosidade dos mecanismos elaborados pelos quais a célula processa informações – processos e mecanismos que evidenciam design e continuam a escapar à explicação por meios darwinianos. Pois como exatamente poderia tal sistema – aparentemente, irredutivelmente complexo – ser considerado em termos de pressão seletiva darwiniana tradicional?

Um novo artigo acaba de ser publicado na revista Molecular Cell, em que os pesquisadores, Karginov et al. relataram sua descoberta de que o RNA mensageiro (mRNA) pode ser alvo de destruição por várias moléculas diferentes.

De acordo com o resumo do artigo,

O tempo de vida de um mRNA de mamífero é determinado, em parte, pela ligação de proteínas reguladoras e pequenos complexos guiados por RNA. A atividade da endonuclease conservada Argonaute-2 (Ago2) requer extensa complementaridade entre um pequeno RNA e seu alvo e não é usada por microRNAs animais, que emparelham com seus alvos de maneira imperfeita. Aqui nós investigamos a função endonucleolítica da Ago2 e outras nucleases por perfis de clivagem de transcritoma de produtos de clivagem de RNAm retendo grupos fosfato 5′ em células tronco embrionárias de camundongos (mESCs). Detectamos uma assinatura proeminente de eventos de clivagem dependentes de Ago2 e validamos vários desses alvos. Inesperadamente, uma classe mais ampla de locais de clivagem independentes da Ago2 também é observada, indicando participação de nucleases adicionais na clivagem de mRNA específica do local. Dentro desta classe, identificamos um conjunto de eventos de clivagem de mRNA dependentes de Drosha que regulam funcionalmente os níveis de mRNA em mESCs, incluindo um no mRNA da Dgcr8. Juntos, esses resultados destacam o papel subvalorizado da clivagem endonucleolítica no controle de destinos de mRNA em mamíferos.

Traduzido para o português, o artigo faz os seguintes pontos:

  • O RNA Interferente (RNAi) refere-se a uma via celular que ajuda a regular a atividade de genes dentro da célula. Pequenos RNAs de interferência (siRNA) e microRNAs (MiRNA) são fundamentais para esse processo.
  • Pequenos RNAs podem impedir a tradução de um RNA mensageiro específico em proteína, reduzindo assim a atividade dos RNAs aos quais ele se liga.
  • MicroRNAs também atuam como reguladores, ligando-se às suas sequências complementares em um RNA mensageiro específico para resultar em silenciamento gênico. MiRNAs também servem como guias para uma família de proteínas chamada Artonautes. Quando um complexo Artonaute-miRNA se liga ao seu alvo complementar de mRNA, desencadeia sua destruição.
  • Os pesquisadores inspencionaram uma população de mRNAs clivados em células-tronco embrionárias de mamíferos, descobrindo que mRNAs haviam sido cortados ou clivados pela enzima Ago2 e outras enzimas.
  • Pensou-se previamente que a destruição era devida à desestabilização do mRNA por iniciação das vias celulares. Em contraste, Karginov et al. descobriram uma série de maneiras pelas quais o mRNA pode ser destruído por clivagem enzimática.

Então, como exatamente essas coisas podem ser explicadas pela pressão seletiva tradicional darwiniana?

Considere, por exemplo, a enzima Dicer, responsável pela ativação da via de RNAi. A via é iniciada quando a Dicer cliva moléculas longas de RNA de cadeia dupla (dsRNA) em fragmentos mais curtos, consistindo em aproximadamente 20 nucleotídeos cada. Cada fragmento possui dois filamentos, um dos quais (denominado “filamento guia”) é posteriormente incorporado ao “complexo CSIR” (complexo silenciador induzido por RNA). Após o emparelhamento de bases entre o cordão guia e a sua sequência complementar, é produzida uma clivagem pela enzima Argonaute.

É de se perguntar se existe algum sistema biológico significativo que, de fato, possa ser explicado de maneira darwiniana passo a passo. A adequação da seleção darwiniana para explicar as características da biodiversidade nunca é demonstrada. Pelo contrário, assume -se apenas que o darwinismo pode explicar esses sistemas, na quase completa ausência de dados corroborativos.

Poder-se-ia perguntar aos defensores darwinianos que tipo de sistema, em princípio, não poderia ser explicado de maneira darwiniana. Na ausência de tais declarações testáveis, o darwinismo não pode ser considerado uma boa ciência falsificável.


Original: Jonathan M. Is Messenger RNA Regulation Controlled by an Irreducibly Complex Pathway? July 2, 2010.


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