Por que e a Quem o Sobrenatural Interessa?


Proposição da TDI

“Certas características do universo e dos seres vivos são melhor explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo não-direcionado como a seleção natural”.

Críticos da Inferência ao Design

A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos já declarou que o “criacionismo, design inteligente e outras alegações de intervenção sobrenatural na origem da vida” não são ciências porque elas não podem ser testadas por métodos científicos, não são falseáveis …


Você deve estar pensando de onde tiraram a parte do sobrenatural a partir da causa inteligente. Bom, aí vem a parte interessante: o objetivo final era se poder concluir que “não é testável e nem falseável”. A verdade é que as instituições e associações são movidas pela insistente sanha de ativistas, os quais procuram obstinadamente suprimir qualquer coisa que ameace seu império ideológico. Por essa razão esse salto é dado, ainda que existam outras motivações envolvidas em ambos os lados, instituições nacionais jamais cometeriam falácias nesse nível.

Não é testável e nem falseável

Todos os dias milhares de laboratórios mundo a fora tentam desesperadamente construir um caminho viável, através de mecanismos puramente irracionais, para a origem e desdobramento da vida terrestre. Essas são tentativas de se produzir padrões de design sem inteligência, um exercício constante de se provar que a aparência de design é ilusão. Num aspecto prático são tentativas obstinadas de demonstrar que a inferência ao design é falsa. O apelo à “sobrenaturalidade na trincheira oposta” é uma estratégia para escapar da realidade dos fatos.

O que ocorre é que a melhor inferência para os padrões de design é a causa inteligente, logo, os que procuram rejeitar isso tentam explicar esses padrões através de inúmeros mecanismos e “leis ainda não conhecidas”. Isso ocorre porque o design salta aos nossos olhos, é bem conhecido de nossa experiência repetida e uniforme com as ações e os produtos de inteligência. A inferência ao design é tão válida quanto qualquer outra.

O sobrenatural

O sobrenatural está fora dos domínios da ciência. Existindo, não é alcançável pela empresa científica por definição. Caso em algum ponto algo sobrenatural cause efeitos na natureza, esses aspectos não serão sobrenaturais, mas estarão por definição instanciados na natureza, passíveis de investigação científica. Por outro lado uma hipótese que pressupõe ação sobrenatural está fora da ciência, e nesse ponto interessa muito aos ativistas, porque eles sabem que uma proposição sobre inteligência é integralmente científica, ainda que a causa específica seja sobrenatural ou de identidade desconhecida.

O ativismo versus o método científico 

Como eu disse em Refutadores do Design II: Jerry Coyne vs Kenneth Miller & Cia, forçar para que instituições e associações se manifestem contra o Movimento do Design Inteligente é nada mais que ativismo político-ideológico, não confere qualquer valor de verdade ou cientificidade real. A cientificidade de uma teoria estaria nas mãos dos filósofos da ciência e não dos cientistas, muito menos de ativistas.

Existe um porém: “estaria”, o método científico já estabelecido dá suporte robusto à inferência ao design. Não é algo a ser discutido, é algo bem conhecido e consolidado. A rejeição é puramente ideológica, por isso o comportamento exasperado dos darwinistas quando o assunto é Teoria do Design Inteligente.

Recapitulando

  1. A Teoria do Design Inteligente não invoca sobrenaturalidade.
  2. Inteligência não implica necessariamente em sobrenaturalidade.
  3. Se a causa inteligente para qualquer caso for sobrenatural, estaremos condenados a apreender apenas a relação nos aspectos causa-efeito, intelecto-padrões de design, nada sobre quem e quantos (identidade/número).
  4. O desconhecimento da identidade e procedência de qualquer aspecto particular da causa não elimina a inferência sobre seu efeito (como vimos em Sobre Sinais e Assinaturas).

 


2 Comentários

  1. O pensamento, a razão e a lógica não são sobrenaturais, interagem com a realidade por meio dos sentidos num padrão reconhecível na natureza.
    Aqui onde a ciência se mistura com as religiões é preciso descartar dezarrazoadas crenças em ambos; num dos links de reflexão deste post vi uma citação em um ilustração onde um cientista afirmava os bilhões de anos do nascimento do universo, poderia ser trilhões, milhões, milhares. Eis aí algo que só podemos acreditar e especular em irreconhecíveis e improváveis números de anos; uma péssima base científica.
    As religiões estão mergulhadas no nada e não perdem o fôlego na ignorância.

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