Crítica a Morin

O princípio da emergência diz que o todo é superior à soma das partes. É o que mostra o fenômeno das propriedades emergentes.1

É engraçado que por mais que a sabedoria humana se acumule o homem é pego nas mais simples falácias.

A emergência é um novo nome para uma crença antiga2, a qual á atribuída a alguns fenômenos com a finalidade de satisfazer outros; a saber, a origem da vida e  da consciência.

O pensamento complexo, tal como desenvolvido por Morin, conceitua a relação entre o todo e as partes por meio de quatro princípios:

a) o da emergência;
b) o da imposição;
c) o da complexidade do todo;
d) o da distinção mas não-separação entre o objeto (ou o ser) de seu ambiente.1

Que podem ser descritos da seguinte maneira:

a) O princípio da emergência diz que o todo é superior à soma das partes. 

b) O princípio da imposição diz que o todo é inferior à soma de suas partes. 

c) O princípio da complexidade dos sistemas reconhece que os dois princípios anteriores são ao mesmo tempo antagônicos e complementares.

d) O principio da distinção, mas não-separação entre o objeto (ou ser) e o seu ambiente diz que o conhecimento de qualquer organização física exige o conhecimento das interações dessa organização com o seu ambiente.1

E da contradição na realidade. Uma filosofia tão inútil quanto parece.

O princípio da complexidade dos sistemas diz que o todo é ao mesmo tempo maior e menor que a soma de suas partes.1

Um espantalho do reducionismo:

O pensamento cartesiano-binário nos leva a ver tudo sempre em separado e a achar natural a divisão e a separação, mesmo quando há evidências que apontam para o contrário.1

Veja que eu não argumentei, eu deixei o pensamento de Morin ser expresso por um de sua corrente filosófica. Veja que ele se destrói primariamente.

Mas o que acham de chamar Descartes para defender, com suas próprias palavras, sua tese de quase 400 anos?

O segundo, dividir cada uma das dificuldades que examinasse em tantas parcelas quantas fosse possível e necessário para melhor resolvê-las.

O terceiro, conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos; e supondo certa ordem mesmo entre aqueles que não se precederam naturalmente uns aos outros.E, o último, fazer em tudo enumerações tão completas, e revisões tão gerais, que eu tivesse certeza de nada omitir.3

Quanto mais o tempo passa, mais filosofia inútil é plantada como verdade absoluta de que não existem verdades.


Referências

[1] Humberto Mariotti. Os Operadores Cognitivos do Pensamento Complexo.
[Acessar]

[2] Crítica ao “Edgar Morin: religando fronteiras” de Humberto Mariotti(2005). Philosofae(Facebook) – junho/2014
[Acessar]

[3] René Descartes. O Discurso Sobre o Método.
[Acessar]


Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*